quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O que você faria? (Seja sincero com você mesmo!)

Situações assim podem acontecer com qualquer, a qualquer momento. Somos hipócritas ao não aceitar que nossa raíz cultural nos deixa preconceituosos desde o nascimento. É claro que ao passar do tempo, com a devida educação e o alcance da maturidade podemos driblar o preconceito e aceitar as diferenças. No meio desta discussão, o que você faria se fosse o rapaz do vídeo abaixo?




by Jappa

2 comentários:

Leo Magnani disse...

Eu acho que a questão central da discussão, que parece ser o preconceito com pessoas deficientes, acaba gerando duas versões distintas.

A primeira, em relação a uma pessoa que você acaba de conhecer, e que não necessariamente tem ou terá algum tipo de contato social mais prolongado. Nesse caso a hipocrisia estaria em dizer que ao primeiro contato nós "não ligamos" pela condição fisica da pessoa, e ignoramos os fatos. Quando na verdade o que acontece que é faríamos a mesma cara que o sujeito do vídeo fez, e concientimente disfarçaríamos, e iríamos manter uma mínima postura pra uma boa sociabilização.

A segunda versão, é de termos alguém próximo nessa condição, seja ela ja adquirida no nascimento, ou adquirida em algum tipo de acidente. Nesse caso, o que impera é o sentimento de fraternidade/amor/amizade que temos para com a pessoa, fazendo com que, o sentimento de aversão à condição física da pessoa, seja menor em relação ao amor.

É impossível negarmos que, independentemente da criação recebida, ou mesmo do nosso caráter, que o "descarte" que nossa mente faz em relação ao "diferente", é uma coisa natural, involuntária e não deveria ser considerada preconceituosa.

Não estou dizendo que devemos de agora em diante virar a cara para as pessoas debilitadas ou deficientes de alguma forma. Mas temos de parar com essa falsa demagogia em dizer que "não nos importamos" com o fato da pessoa ser diferente.

Em tempo: "Imagine-se em um supermercado, onde você precisa comprar 3 latas de leite condensado, na prateleira estão apenas 4 latas, e 2 delas estão amassadas. Você pegaria as 3 que você necessita, mesmo que isso implique em levar uma amassada? Ou levaria apenas as 2 que estão boas??"

Qualquer pessoa normal, não hipócrita, sem falsa demagogia, e sendo sincera, responderia sem dúvidas que: "levaria somente as duas boas!"

E isso não faz dela uma pessoa má ou preconceituosa, ela apenas, instintivamente, descartou aquilo que não lhe agradou aos olhos, mesmo que o interior da lata não estivesse danificado, sendo este idêntico aos outros.

O mesmo acontece com as pessoas nesse mundo. Nessa prateleira da vida, instintivamente as pessoas são descartadas pela "condição da sua lata", isso por quê quase ninguém se importa em ver o seu interior!

Se me perguntar se é preconceituosa a atitude de aversão em primeiro contato, eu responderia que não. Acostumar-se com a idéia da deficiência da pessoa, e continuar com atitudes arrogantes sim, isso seria preconceito.

Abrir a mente pra esse tipo de contato não é fácil, exige muito mais do que apenas perder o preconceito, é necessário se imaginar no lugar da pessoa deficiente, e isso, me desculpem sinceramente, eu não faria jamais !

Erika disse...

"A segunda versão, é de termos alguém próximo nessa condição, seja ela ja adquirida no nascimento, ou adquirida em algum tipo de acidente. Nesse caso, o que impera é o sentimento de fraternidade/amor/amizade que temos para com a pessoa, fazendo com que, o sentimento de aversão à condição física da pessoa, seja menor em relação ao amor."

Concordo especialmente com o trecho do aomentário acima. Vivo o acima relatado.
Por outro lado, nao descordo de nenhuma outra parte relatada pelo meu irmão abacaxito.